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Entendendo a Integração Sensorial

Você sabe o que é Integração Sensorial?

 

A Integração Sensorial é uma técnica de tratamento que foi preconizada pela terapeuta ocupacional e psicóloga americana  A. Jean Ayres; cujos insights clínicos e de investigação revolucionaram a prática de terapia ocupacional com crianças.

 

Ela escreveu: "Integração Sensorial é o processo neurológico pelo qual o cérebro organiza as sensações corporais  e ambientais, tornando possível o uso efetivo do corpo no ambiente. Nossos sentidos nos dão informações sobre as condições físicas do nosso corpo e sobre o ambiente ao nosso redor... É uma habilidade inata capaz de organizar, interpretar sensações e responder apropriadamente ao ambiente, de modo a auxiliar o ser humano no uso funcional, nas atividades e ocupações desempenhadas no dia-a-dia.

 

Pessoas com alterações do processamento sensorial, apresentam problemas na modulação dos sentidos: tato, olfato, audição, paladar, visão, sensação e coordenação do corpo no espaço (propriocepção), além dos movimentos contra a gravidade (sistema vestibular). 

 

Alguns sinais de alerta para identificar que seu filho apresenta alterações do processamento sensorial:

 

Bebês e crianças pequenas:

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  • Dificuldades na alimentação;

  • Recusam-se a ir com qualquer pessoa, só aceitam estar com a mãe;

  • Dificuldade de dormir ou manter-se dormindo;

  • Irritam-se ao vestir-se, sentem desconforto com roupas de determinados tecidos;

  • Dificuldade de mudar de foco/ atenção de um brinquedo ou atividade para outra;

  • Não percebem dor ou demoram a responder quando se machucam;

  • Não gostam de carinho, tentando escapar da pessoa que está com ele no colo;

  • Quando irritado, tem dificuldade em acalmar-se, mesmo com a voz da mãe ou brinquedos;

  • Costumam cair bastante, esbarrar nos brinquedos, parecem "atrapalhados";

  • Não balbuciam ou vocalizam pouco;

  • Estão constantemente em movimento com o corpo ou pernas e braços, ou correm sem parar;

  • Parecem estar atrasado nos marcos do desenvolvimento de engatinhar, ficar de pé, andar e correr.

 

Crianças um pouco maiores:

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  • Dificuldade no desfralde;

  • Hipersensíveis ou hiperreativos a toques, cheiros, locais barulhentos...

  • Não aceitam toque, a não ser que sejam toques firmes;

  • Dificuldade de aprendizagem ou evitam atividades como pintar (atividades motoras finas);

  • Parece não saber como se movimentar no espaço;

  • Dificuldade de aprender novas atividades motoras;

  • Está o tempo todo em movimento;

  • Toca tudo que está em volta, por vezes colocando na boca;

  • Dificuldade em fazer amigos (por agressão ou passividade excessiva);

  • Apresenta dificuldade para se acalmar e tem dificuldade com transições e mudanças de rotina;

  • Mudanças repentinas de humor;

  • Alterações de fala e dificuldade em obedecer ordens simples.

 

Mais informações - em inglês - sobre sintomas e outros aspectos estão no site da Star Institute, clicando aqui

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O Terapeuta Ocupacional é o profissional que está habilitado para avaliar e aplicar a técnica de Integração Sensorial. 

 

Para isso é exigido formação específica e treinamento adquirido através da Certificação em Integração Sensorial e outros cursos que ofereçam teoria e prática do método.

 

No meu dia-a-dia procuro usar alguns recursos da Integração Sensorial para auxiliar na terapia de pacientes com dificuldades alimentares, autismo e portadores de síndromes com comprometimentos neurológicos associados.  

 

O vídeo da Terapeuta Ocupacional Lígia Maria de Godoy Carvalho é muito didático e acrescenta bastante informação sobre o tema.

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